Trecho do livro Libertação é confissão de pecados (revisado)
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” Efésios 6.11-12
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” Efésios 6.11-12
“Portanto, submetam-se ao Eterno. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês.” Tiago 4.7
“Na guerra espiritual há dois elementos fundamentais: devemos defender o terreno que o Eterno nos tem dado e devemos contribuir para o avanço do Reino do Eterno.” Martin Scott
O Eterno criou o homem e a mulher. Satanás, o anjo que se rebelou e foi expulso do Céu, declarou guerra ao Eterno. Como ele não tem poder para destruir o Eterno, que é Todo-poderoso, e com um simples estalar de dedos, pronto, não existiria mais Satanás. Por isso a guerra não é entre o Eterno e Satanás. A guerra é entre nós e o inimigo, e ele está determinado a destruir a coroa da criação do Pai, que é a humanidade. O Eterno venceu a guerra, através do Messias, que veio em carne, morreu e ressuscitou. O final da guerra nós todos já sabemos e Satanás também sabe. O Messias venceu.
Mas em toda guerra há as batalhas. E nós, que escolhemos o lado de quem tem todo o poder, nós que somos filhos do Eterno e continuação do ministério do Messias, temos que lutar essas batalhas. Milton Andrade diz que Satanás é inimigo declarado do Eterno e dos homens, porque para ele não há perdão. O homem tem a reconciliação com o Pai, através do Messias. Milton continua dizendo que nós, que somos lavados pelo sangue do Cordeiro, somos os maiores inimigos de Satanás, porque temos autoridade sobre ele e sobre os seus anjos caídos.
A Bíblia nos mostra que no plano espiritual há somente dois senhores, duas fontes de poder, e que o poder de Satanás é limitado, mas o poder do Messias é o poder absoluto e ilimitado do Todo-poderoso, como diz em Mateus 28.18: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra”.
Martin Scott ensina que o princípio mais importante é que a batalha não está sendo travada entre o Eterno e Satanás, como se ele eles fossem forças iguais, porém opostas. Ele afirma que se a batalha consistisse apenas nisso, na realidade ela já estaria terminada antes de começar. Scott lembra que o início da batalha foi em Gênesis 3.15, quando o Eterno falou à serpente: “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar”. E Scott diz ainda que não cabe a nós a decisão de envolver-nos na guerra, porque nós já nos comprometemos com a guerra. Ele completa que, ou seremos eficientes e tomaremos o terreno, ou seremos ineficientes, deixando de exercer a autoridade em nosso favor ou em favor dos outros a fim de libertá-los.
Charles Colson, usa a Segunda Guerra Mundial como uma analogia ao processo em dois estágios da estratégia do Reino do Eterno:
A morte e a ressurreição do Messias – o Dia-D da história humana – asseguram-nos a sua vitória final. Porém, ainda estamos na praia. O inimigo ainda não foi vencido, e o combate continua feroz. Contudo, o Messias já garantiu o resultado final – a vitória do povo do Eterno em alguma data futura.
O segundo estágio, que ocorrerá quando o Messias voltar, imporá o governo do Eterno sobre o universo todo; o seu Reino será visível e sem imperfeição alguma. Naquele tempo haverá o julgamento final de todos os povos, paz sobre a terra e a restauração de uma harmonia desconhecida desde o Éden.
Quando não resistimos à tentação e pecamos, perdemos uma batalha. Infelizmente, por desconhecermos a guerra e suas regras, Satanás tem vencido muitas batalhas contra os filhos do Eterno. Quando a pessoa se arrepende e volta ao Eterno, Satanás fica furioso e faz tudo para roubar a semente daquele coração. Se não conseguir roubar a semente, ele vai fazer tudo para que a pessoa não cresça. E uma pessoa com 20 anos de caminhada, mas que ainda é uma criança espiritual e não alcançou a maturidade espiritual, não vai incomodar Satanás, porque não atrapalha os planos dele, pelo contrário, às vezes até ajuda.
Precisamos buscar a maturidade, como diz em Hebreus 5.13,14: “Quem se alimenta de leite ainda é uma criança, e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal”. Aqueles que se tornam discípulos do Messias e procuram crescer na vida espiritual, esses passam a ser o alvo de Satanás. Esses são os guerreiros, que aceitaram o desafio do Messias e vão lutar contra o inimigo.
Para Martin Scott, a guerra espiritual não é um departamento especializado dentro do sistema religioso e não deveria ser visto como algo trancado em algum reino místico com o qual somente a elite espiritual pode se conectar. Embora ele concorde que o Eterno conduzirá alguns para o engajamento naquilo que é conhecido como combate em nível estratégico. Para Scott, guerra espiritual é simplesmente viver para o Messias no contexto de um ambiente hostil.
E Max Anders diz que a guerra não se reduz apenas a exércitos lutando. Para ele a guerra é também diplomacia, espionagem, negociações e manobras por trás dos bastidores. E ele diz ainda que quer saibam, quer não, todos os filhos do Eterno estão engajados numa batalha espiritual titânica, não contra as forças de nenhuma nação da terra, mas contra as forças das trevas.
Max Anders diz que o conflito espiritual assume duas formas: a tentação e a oposição espiritual. Quando somos tentados a pecar, temos de fugir, como diz em 2 Timóteo 2.22: “Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, com aqueles que, de coração puro, invocam o Eterno”; e Mateus 26.41: “Vigiem o orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”.
Quando somos confrontados com oposição espiritual, temos de lutar, como vemos em Tiago 4.7: “Portanto, submetam-se ao Eterno. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês.” Muita gente faz o contrário: enfrenta a carne e foge do inimigo. Devemos aprender a diferença de quando devemos nos manter firmes e quando cruzar os braços, e lutar quando devemos lutar, fugir quando devemos fugir.
Anders dá alguns exemplos de situações e como devemos agir: É difícil demais melhorar os relacionamentos familiares? Fique firme e lute. É dureza permanecer moralmente íntegro, ético e honesto em seu local de trabalho? Fique firme e lute. Você se sente tentado a comprar alguma coisa que não está dentro de suas posses? Fuja. Você se sente tentado a assistir àquele programa de televisão questionável? Fuja.
Por que conhecer o inimigo?
“Eu lhes escrevi com o propósito de saber se vocês seriam aprovados, isto é, se seriam obedientes em tudo. ... a fim de que Satanás não tivesse vantagem sobre nós; pois não ignoramos as suas intenções.” 2 Coríntios 2.9-11
Muitos ensinam que falar sobre o que o inimigo faz é estar dando glórias a ele. E é isso que ele quer mesmo, que não falemos como ele age, porque ele ataca sempre da mesma forma, e se soubermos como, identificaremos logo que é ele agindo. Por isso ele faz com que muitas pessoas não ensinem sobre suas ações.
E é isso que Satanás quer. Porque quanto menos soubermos como ele age, mais ele pode atuar livremente em nosso meio. E o que ele fizer, as pessoas acabam atribuindo ao Eterno, e o que o Eterno fizer, muitas vezes pensam que vem de Satanás.
Como Satanás não cria nada, ele só copia, ele age sempre da mesma forma. Como não sabemos como ele agiu em uma situação, não sabemos que é ele que está fazendo as mesmas coisas com outro grupo.
Estudar as estratégias de Satanás não é simplesmente fazer um estudo dos nomes dele, sobre a sua queda, ou sobre suas seitas. Precisamos conhecer como ele trabalha com indivíduos e dentro das famílias. Na Bíblia há várias recomendações para que não ignoremos as artimanhas do diabo. Mas a motivação para estudar as estratégias de Satanás não deve ser o ódio ao inimigo. Tudo tem que nos levar ao Eterno e ele deve ser o nosso foco.
Milton Andrade diz que Satanás e seus demônios são citados na Bíblia mais de duzentas vezes. E ele afirma que isso nos revela que o Eterno de fato tem algo a nos dizer sobre eles. Se a própria Bíblia fala tanto sobre o inimigo, então penso que não está muito correto dizermos que nós não devemos estudar sobre ele. É claro que não devemos exagerar, tirando o foco do Eterno e colocando em Satanás, mas não podemos ignorar como o inimigo atua nas nossas vidas e na nossa família.
Mark Bubeck ensina que, quando consideramos nosso conflito com Satanás, são dois os extremos que devem ser cuidadosamente evitados. A tendência de ignorar esse inimigo e tratar com leviandade toda a questão da demonologia, e a preocupação demasiada com Satanás e o seu reino. Bubeck diz ainda que uma das astutas estratégias de Satanás é manter-nos em ignorância quanto ao seu poder e operação e que ignorar as armas de nossa guerra espiritual fornecidas pelo Eterno para serem usadas contra Satanás e o seu reino é suicídio espiritual.
Ione de Morais Antunes ensina que o discernimento espiritual é um dom e uma prática quase em extinção. E que o discernimento deveria ser a primeira linha de defesa contra o engano de Satanás. É como uma campainha que toca dentro do salvo, advertindo-o de que algo está errado. Ela completa que o discernimento tem a função de distinguir o certo do errado, de tal forma que o certo seja promovido e o errado seja eliminado.
Max Anders demonstra as estratégias que o mestre da mentira usa para nos fazer pecar: convence-nos de que “não é ruim, não machuca”; assegura-nos de que ninguém vai descobrir, e que, enfim, o Eterno vai nos perdoar; persuade-nos de que aquilo com que nos tenta vai realmente nos satisfazer; enfraquece nossas convicções espirituais para que não nos preocupemos; exaure-nos e nos estraçalha a ponto de desejarmos alívio imediato e querermos fazer qualquer coisa que nos dê esse alívio; e distorce nossos pensamentos para que não possamos discernir o certo do errado. E é por isso que ouvimos o tempo todo das pessoas a terrível frase: “Não tem nada a ver”. Não aprendemos a discernir o certo do errado e aceitamos os enganos de Satanás, disfarçados de verdades. E com isso vamos nos contaminando cada vez mais.
Milton Azevedo Andrade diz que Satanás muitas vezes apresenta-nos algo que é 90% verdadeiro e 10% falso. “Se passar, passou” E muitas vezes “engolimos” os 10% de falsidade, mesclados com os 90% de verdade. Milton diz também que assim ele consegue contaminar-nos um pouco que seja. Ele ensina ainda que quando algo não é certo 100%, o Espírito Santo nos adverte. E precisamos estar sensíveis à sua voz. Por isso precisamos praticar o conselho de 1Tessalonicenses 5.21: “Examinem tudo, fiquem com o que é bom”.
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