terça-feira, 24 de março de 2009

Testemunho: E por falar em música...

Extraído do livro Libertação é confissão de pecados.

" 'O que você pensa sobre evangélicos que dizem gostar de músicas seculares?'
Márcia, Rio de Janeiro


'Querida Márcia. Esse assunto é bem polêmico. Mas vou falar da minha experiência.

Só posso dizer que meu coração não pede outra música que não seja de louvor ao Eterno (e até para as músicas evangélicas, peço discernimento a ele, pois já tive experiências negativas). Meu coração é como o de Davi, tem sede do Eterno, anseia por ele, como a corça suspira pelas águas. E, também como o salmista, quero que ‘as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam sempre de louvor ao Eterno’.

Meus ouvidos não conseguem mais ouvir música que não venha do céu. Pois há uma grande diferença entre música que tenta chegar ao céu e música que vem do céu. E é esta a que eu quero, e não aquela.

Eu sigo um conselho de que ‘na dúvida, repreenda’, e sigo outro conselho de que devo pedir discernimento para não me contaminar com as coisas que ‘o inimigo oferece com 90% de verdade e 10% de mentira’. Então, prefiro não arriscar. Tenho muito a perder.

Como Daniel, decidi no meu coração não me contaminar com a comida do deus deste século. Não quero, e pronto.

E sabe-se lá o que essas ‘poesias’ querem dizer de fato. Sei lá o que estou ouvindo ou cantando. Como os exemplos de apenas três músicas:

– Talco no bumbum de bebê – dizem que significa cocaína (e não um lindo bebê fofinho com talco Pompom). Nem sei se isso é lenda... mas na época da ditadura as músicas queriam dizer uma coisa e diziam outra.

– ‘Poeira’ – nem é disfarçado, é explicitamente de louvor ao inimigo. Até cita a Bíblia: ‘querubim que caiu do céu’.

– Uma outra, que diz ‘como uma deusa’ – como se tivesse cantando para a namorada. Deusa? Bem sabemos quem se intitula deusa, mãe-terra, gaia, rainha dos céus, as senhoras etc. Eu não tenho senhora, eu tenho Rei. Desconfio de músicas românticas. Será que é mesmo para o(a) namorado(a) que o autor escreveu ou foi para o seu deus?

Por essas e outras letras que desconheço o significado, não ouço músicas que não sejam de louvor ao Senhor.

Só quem resolveu obedecer compreende o que é o Espírito mudar o nosso gosto em um segundo. Em um segundo eu gostava muito de MPB e ainda tenho muitos cds, mas estão esquecidos no armário, e no segundo seguinte eu não gostava mais. Mas primeiro decidi no coração, como fez Daniel. Se não decidirmos no coração, o corpo não responde. O Eterno não muda o livre-arbítrio, Ele respeita a nossa escolha. Mas se escolhemos obedecer, aí ele muda nosso gosto pessoal.

Realmente não me importo mais em ser chamada de fanática, radical e outros adjetivos. Não ligo mesmo. Eu sei em quem tenho crido... Quando sou criticada, canto: ‘Caminhando eu vou para Canaã, se você não vai, não impeça a mim’. Quem quer ouvir outras músicas, que fique à vontade, mas não pode ficar me criticando se eu não quero. Não deixo que me impeçam de continuar sendo caçadora do Eterno.

Falando nele, passei o olho no livro Caçadores de Deus na semana passada e encontrei uma cena que não lembrava. Quando Tommy era adolescente, a tia dele decidiu não beber mais coca-cola, como um sacrifício ao Senhor. E ele, como bom adolescente, ficava provocando-a, bebendo uma coca geladinha e incitando-a a ceder (xô, tentação!).

O mais lindo nessa história é que ele relata que ela recusava, dizia que não queria mesmo, e mantinha um sorriso lindo, como se estivesse muito longe daquilo. E isso o deixava intrigado e ele pensou: ela deve saber alguma coisa que não sei.

Na verdade, muitos não entendem que somos livres para dizer não. E escravos são os que ficam preocupados com a opinião da sociedade corrompida e acabam cedendo à pressão dos amigos.

Minha música preferida é: ‘Eu quero é o Eterno. Não importa o que vão pensar de mim, eu quero é o Eterno’. O resto? ‘Tô nem aí’.

Que o Eterno te abençoe.

Débora De Bonis”

E quero acrescentar algo que não escrevi no livro, mas tem me incomodado muito.
É a questão das músicas evangélicas românticas.
Para fugir das músicas seculares, os cantores evangélicos têm feito músicas românticas.
Mas nem essas eu canto e não ouço.
Eu amo, respeito e sou submissa ao meu marido.
Mas o dono do meu coração é o Eterno.
O amor da minha vida é o Eterno.
Eu posso viver sem qualquer pessoa ou coisa, mas eu não vivo sem o Eterno.
O Eterno é a razão da minha vida.
Eu não sou metade que se completa com outra metade. Sou uma pessoa completa e única no Messias.
Eu não diria essas frases para o meu marido.
Não posso confundir os "amores" e não posso amar mais ao meu marido que ao Eterno.
Por essas e outras que nem lembro, não gosto das músicas românticas "evangélicas".
Para mim são exatamente iguais às do mundo.

Sem susto

"Estou lendo Libertação é confissão de pecados. Queria dizer que está sendo muito importante ler sua história. Tenho passado por vendavais que tem me deixado bastante tonta, mas, enfim... como quase todos, tenho mantido a "postura", o que não é bom, nem fácil. Tem
sido difícil... mas falar pra quê? Às vezes vêm pensamentos que sabemos não ser do Alto, mas quer saber? Por muitas vezes dei lugar. Sinto a necessidade de mudança, de uma busca mais profunda... mas estou sem forças, desanimada mesmo! E ainda não sei porque, mas já glorifico a Deus pela chegada do livro... com a certeza de que vou encontrar nele a força que preciso para essa minha busca. Você fala de libertação sem assustar." L.A., RJ

Amei o livro

"Amei o livro... é muiiiiiiiiito bom mesmo. Este é um assunto que me interessa bastante... mas curiosamente eu tenho dificuldade para ler os livros deste tema... alguns eu comecei e não consegui terminar (e olha que eu gosto de ler). Mas o seu... sinceramente eu amei... li todo em um dia... Parabéns!!! Deus te abençoe e que desta fonte saia muiiiitos mais. Também achei muito linda a apresentação feita pelo Alexandre... muito linda mesmo."
Ana Lúcia, Rio de Janeiro

Um tratado para leigos e críticos

"Terminei ainda há pouco o seu livro e gostei muitíssimo do que li. Você conseguiu juntar experiência com conhecimento, entendimento com revelação. Realmente conseguiu elaborar um tratado para leigos e críticos, com a simplicidade de que não quer estabelecer "verdades" e com a humildade de quem reconhece haver andado às cegas sob a tradição religiosa. Mas o que de melhor encontrei nesse manual precioso, foi VOCÊ! Isso mesmo, descobri um pouco mais de Débora, daquela a quem eu já admirava um bocado. Também descobri um pouco de Alexandre, varão de Deus, referência silenciosa, como seu marido, que nem precisa abrir a boca para manifestar integridade e testemunhar como servo. Descobri que essa mulher inteligente que tem sido instrumento de Deus neste tempo de tanta informação, além de acolher em sua casa e em seu coração dois sobrinhos, é bem capaz de terminar um livro com uma homenagem ao seu vô, com a ternura de uma adolescente e com a honra de quem bem conhece princípios espirituais que resultam em bênçãos geracionais."
TTC, Resende, RJ

segunda-feira, 23 de março de 2009

Testemunho: Fernanda

Trecho do livro Libertação é confissão de pecados

Fernanda *

“Oi, te agradeço muito por ter ligado pra mim. Eu tenho andado tão confusa.

Tenho 27 anos. Desde que vim para esta cidade, há um ano, me afastei muito da igreja, mas desde o tempo em que morava em minha cidade já estava desviada, mesmo dentro da igreja.

Logo que cheguei aqui comecei a namorar um rapaz e estamos juntos até hoje. No começo era só uma paquera, mas hoje já estou muito envolvida com ele. Isso fez eu me afastar mais ainda da igreja, pois vivo um relacionamento sexual com ele e me sinto muito hipócrita de encarar a Deus e continuar freqüentando a casa dele e vivendo uma vida imoral.

Sei que a solução para mim é terminar o namoro e retornar para Jesus, e apesar de estar disposta a terminar, mesmo sabendo que isso iria me machucar muito e eu sofreria muito com isso, fico muito mais preocupada com ele. Ele vive em função da minha vida, faz planos de casar e qualquer outro plano que ele faça é pensando em nós dois. Já estamos muito, muito envolvidos. Não sei como terminar com ele.

Minha colega do trabalho, que também é crente, me disse para lutar pela conversão dele. Mas não quero me enganar. Quero muito que ele se converta, mas pelo bem dele. Não quero continuar um relacionamento com um rapaz do mundo, me escondendo atrás da desculpa de que um dia ele vai se converter.

Venho carregando tanta culpa em cima de mim. Culpa de muitos anos que nunca tive coragem de dizer para ninguém. Eu sei que estou sendo covarde de estar contando para você pela internet e não precisar encarar você.

Desde os meus quatro anos de idade eu freqüento a igreja. Aos 12 anos me converti e sempre estive envolvida nas atividades da igreja. Mas desde a adolescência eu vivo uma vida dúbia. Ficava com rapazes, ia para festinhas. Depois me arrependia muito e passava um tempo fiel a Deus. Mas depois voltava tudo ao normal. Entrei para a faculdade e decidi que, quando terminasse, iria tomar uma posição e entrar para o seminário. Então quando terminei a faculdade entrei para o seminário, cheia de sonhos, de convicção da minha vocação, de planos para missões na minha igreja e para o grupo de teatro que eu participava na igreja. Com o tempo, fui voltando a minha vida de perversão. Tinha relações sexuais com rapazes que conhecia e na maioria das vezes eles queriam namorar sério, mas eu não queria, porque sabia que, por causa da minha fé, iria me arrepender e não iria conseguir sustentar um namoro mundano.

Passei então a liderar um grupo na igreja. No início era uma bênção, mas, como sempre, nos meus altos e baixos, comecei a pisar na bola com Deus de novo. Não consegui segurar a onda de estar sendo responsável espiritualmente por um grupo e eu mesmo não estar com minha vida no altar.

Então entreguei a liderança e inventei que as atividades no seminário não estavam me deixando tempo livre. Mas hoje sei que antes disso muitas vidas foram prejudicadas pela minha falta de compromisso. Sei que a vida espiritual deles ficou enfraquecida e alguns até se desviaram pela minha irresponsabilidade.

No meu terceiro ano de seminário, saía direto com um rapaz. Aquilo já tinha se tornado uma rotina. Então engravidei. Quando peguei aquele resultado fiquei em estado de choque. Não sabia o que fazer com aquele papel. Liguei pra ele e contei. Ele me ajudou a fazer o aborto. Ele me deu um remédio e eu tomei. Foi o momento mais horrível da minha vida quando aquilo saiu, achei que ia morrer. No outro dia tive crises de choro e não podia ficar em casa para minha mãe não perceber. Nunca falei isso pra ninguém. As únicas pessoas que sabem sou eu, ele e a irmã dele. Acho que nunca teria coragem de falar isso olhando nos olhos de alguém. Eu prometi pra mim mesma nunca mais pensar nisso ou falar nisso.

Eu mesma já tinha me esquecido. Só me lembrei agora porque comecei a te contar outras coisas e me lembrei. Não consigo viver com essa culpa, se ficasse pensando nisso, morreria de tristeza.

Nessa altura já tinha perdido os meus sonhos de missões, minha convicção da vocação e minha esperança. Eu só queria terminar logo o curso. No dia da minha formatura eu nem fiquei feliz, só fiquei aliviada por tudo ter acabado.

Eu me formei e mudei de cidade. Todo mundo pensa que vim estudar e trabalhar. O pastor da minha igreja acha isso, todos da minha família acham. Todos me vêem como uma pessoa cheia de potencial e idônea. Eles não sabem que sou uma farsa. Eu achava que eu era uma crente de verdade.

Na verdade, vim embora porque estava cansada de ser hipócrita com Deus. Eu mesma não acreditava que poderia viver uma vida reta. Depois de tantos altos e baixos, mesmo que me posicionasse, certamente iria vacilar de novo, mais cedo ou mais tarde. Lá não poderia assumir minha vida de desviada, aqui podia. Então, desde que vim pra cá vivo uma vida perdida.

Tenho bebido, fumado, tido uma vida sexual ativa e tenho até falado palavrões. Eu achei, na minha ignorância, que continuar servindo a dois senhores não iria dar certo.

Hoje tenho frequentado uma igreja. Ninguém me conhece lá e dou graças a Deus por isso. Se eu conhecer alguém teria que dizer que sou teóloga, e eles achariam que poderiam me colocar pra trabalhar na igreja e me envolver. E depois como eu ia explicar que namoro com um não-cristão e que ele dorme na minha casa?

Quero Jesus e sei que ele me quer. Só não sei como fazer pra me aproximar dele com tudo isso que está entre nós. Não só a culpa dos meus erros, mas o meu namorado também. Se você me conhecesse nunca iria imaginar que eu sou isso tudo. Ninguém imagina o que a outra pessoa é só de ver, nem sabe quais são os segredos mais ocultos das outras pessoas.

Eu não sou toda ruim. Todos os momentos bons que vivi com Deus foram sinceros e ainda são. Só agora vejo qual será a conseqüência do meu pecado de ter namorado um rapaz não-cristão. É fazê-lo sofrer, e muito. Será a pior decepção da vida dele. E como eu vou explicar isso pra ele. Já tentei por três vezes terminar com ele, mas ele não aceita e faz uma pressão até que eu desisto. Por eu amá-lo muito também, fico para morrer de vê-lo sofrendo, não sei o que vou fazer com ele.

O sonho do meu coração era estar dizendo tudo isso que estou dizendo para você para as minhas melhores amigas, para a minha mãe, para o meu pastor etc. Mas não posso, tenho que continuar usando a máscara. Será que isso vai durar para sempre? Tudo o que eu quero é continuar não enganando mais ninguém: nem Deus, nem meus pais, nem minha igreja, nem meu pastor e, principalmente, não fazer mais mal ao meu namorado.

Débora, me desculpe por ter escrito um testamento para você. Eu precisava falar pra alguém. Tudo isso estava engasgado na minha garganta durante muitos anos. Eu só estou precisando de alguém para me ouvir. Já pensei em procurar algum psicólogo ou algum pastor, mas não tive coragem. Obrigada por me ouvir.”


Oi, Fernanda, acho que vou te mandar um testamento também...

Lendo a sua história fiquei pensando em como o inimigo faz tudo igual. Você não é a única que passa por tudo isso. A gente pensa que só acontece com a gente, mas não é. Ele faz a mesma coisa com muita gente na igreja. Só que, como eu e você, não contamos para os outros e acabamos pensando assim.

Uma tática dele é fazer o crente pecar e depois cutucar a ferida até não aguentarmos mais, provocando uma culpa interminável. É assim que ele faz com todo mundo.

Posso sentir a sua dor e fico revoltada com o inimigo, que faz isso com os servos de Deus, assim como ele fez comigo e com muitos outros que conheço. Sei que a culpa é nossa, por causa dos nossos pecados. Mas agora sei que há uma saída.

Não se envergonhe. Você não é a única que passa por tudo isso. Você não faz ideia do número de pessoas nas igrejas que estão com as mesmas crises ou até piores que você. Algumas até pensam em suicídio.

Infelizmente não nos foi ensinado como lidar com isso. Eu só descobri há pouco tempo. Eu pensava que era imune a Satanás, que ele não poderia me atingir, porque sempre citavam erradamente o versículo “quem é nascido de Deus o inimigo não toca”. Hoje entendi que ele não toca no meu espírito, porque esse é nascido de Deus. Mas meu corpo e minha alma (a mente, os sentimentos), nesses ele pode tocar, se eu der autorização.

E o segredo para se livrar de tudo isso e começar uma nova caminhada de santidade com Jesus é confessar os pecados. Um a um. Pedir perdão a Deus e declarar ao inimigo que ele não tem mais direito sobre aquela área da nossa vida.

Quando pecamos e confessamos, somos perdoados. Mas, se continuarmos pecando e não confessarmos, o pecado repetitivo, a compulsão pelo pecado, vai dando direito a Satanás de tomar conta da área de nossa vida referente àquele pecado (sexual, mentira, finanças etc).

E também há os pecados que nós não cometemos diretamente, mas que afetam toda a nossa vida. Como é o caso de filhos de pais não-evangélicos, que consagram seus filhos a ídolos e a entidades (que na realidade são demônios). Por causa disso o inimigo passa a ter direito de atuar na vida dessas crianças e começa a dirigir o seu futuro. Quando uma pessoa se converte a Cristo, mas foi consagrada a ídolos quando criança, ela precisa quebrar essa consagração.

O que acontece é que a gente se converte e não renuncia a todo o envolvimento com Satanás. E depois a gente peca e não confessa cada pecado. E a nossa vida vai se complicando mais e mais.

Libertação é exatamente isso: confessar os pecados, pedir perdão. Então, aconselho você a fazer uma lista dos seus pecados, todos que lembrar, desde criança, e ir confessando um a um e riscando da lista. Confessar é colocar para fora, então você precisa dizer em voz alta, derramar-se diante de Deus e pedir perdão.

Peça perdão também por seus pais, se eles não são evangélicos e porventura tenham te batizado em outra religião. E peça ao Espírito Santo para te trazer à memória tudo o que você precisa confessar.

O fato de você nunca ter falado sobre essas coisas com alguém fez feridas na sua alma e você precisa de cura. Mas Deus já começou o processo, porque conseguiu contar para alguém, mesmo que seja por e-mail. Não tem problema. Deixou de ser segredo. Satanás usa nossos segredos para nos acusar. Temos que ter muito cuidado com aquilo que nunca contamos a alguém. Quando a gente confessa o pecado a Deus, somos perdoados, mas quando confessamos para o irmão, somos curados (Tg 5.16).

Deus vê a intenção do nosso coração e Ele sabe que você não quer continuar assim. Então, Ele honra o que está no seu coração. Você está caçando Deus e agora Ele te encontrou. Não desanime.

Quando chegar em casa, comece a ler em voz bem alta o Salmo 18, Apocalipse 18, 19 e 20. São capítulos que o inimigo odeia e se há alguém dele perturbando você, vai sair voando.

Quando sentir a tentação chegando, repreenda em voz alta, em nome de Jesus. Diga mesmo: eu rejeito a tristeza, em nome de Jesus. Eu rejeito esse pensamento impuro em nome de Jesus. Eu rejeito a culpa, em nome de Jesus. Recite, sempre que se sentir culpada, 1João 1.9.

E, se possível, leia mais sobre o assunto. Leia o livro Vaso para honra, da Rebecca Brown. Comece por esse, não leia outros dela antes desse, porque ele é mais completo. Muitas pessoas se assustam com a Rebecca porque ela trabalha com libertação de ex-satanistas e conta muitas experiências nos seus livros. Mas ela fala muito aos evangélicos também e ensina sobre dar direito a Satanás e sobre como ser liberto.

Leia também Saindo do cativeiro, do Alcione Emerich, que também ensina sobre libertação.

Deus te abençoe. Saiba que estou orando por você. E não tenha medo de nada. Deus envia Seus anjos para nos proteger e Ele está cuidando de você. Quando começamos a entender essas coisas, o processo de cura começa imediatamente. Acredite, funciona mesmo.

Não desista, porque Deus não desistiu de você. E entendo perfeitamente porque o inimigo quis te destruir. Porque ele já sabia que você foi escolhida por Deus, desde o ventre de sua mãe. Leia Isaías 49.

Débora De Bonis”

Nota: Deus me deu a oportunidade conhecer Fernanda pessoalmente e foi um encontro maravilhoso. Nós nos tornamos amigas e hoje ela é uma serva fiel ao Senhor. Sua transformação foi radical. Passou por ministração individual de libertação no seminário do Ágape e tem crescido diante de Deus e se dedicado à obra de Deus. Ela tem buscado aprender mais sobre guerra espiritual através de livros e cursos e Deus a tem usado. A Ele toda honra e toda glória.

* Este não é o nome verdadeiro dela.

Como liberar perdão

Perdão tem sido o assunto que as pessoas mais perguntam quando faço palestras sobre libertação. Como disse no meu livro, Libertação é confissão de pecados, perdão, cura interior, é a parte mais difícil da libertação e pode levar mais tempo que imaginamos. Sinto que a maior dúvida das pessoas é como liberar perdão. Por isso estou escrevendo mais detalhadamente sobre este assunto e gostaria de compartilhar aqui com vocês as lições que o Pai tem me ensinado com minhas próprias experiências e com as experiências de pessoas que aconselho e espero que ajudem a quem está precisando ser ministrado nessa área.

Como liberar perdão

“Nós enxergamos o perdão na perspectiva certa quando percebemos que qualquer injustiça que sofremos de uma pessoa é pequena quando comparada com nosso próprio pecado contra Deus”. Cindy Jacobs, em Mulheres com um propósito

1- Perdoar é uma ordem do Pai.
2- Perdoar é uma decisão do nosso livre arbítrio – “eu decido perdoar” – não é um sentimento.
3- A liberação do perdão é algo que tem de acontecer no seu coração e diante do Eterno. Liberar primeiro no coração.
4 - Falta de perdão gera amargura. Amargura é uma das causas mais comuns de câncer.

Há algum tempo tenho sido inspirada pelo Espírito Santo para fazer um jejum de 40 dias, mas vinha adiando. No final de 2007 reli um livro que falava sobre isso e pensei: é agora, chegou o tempo. E programei o período para o início de 2008. Um dos meus pedidos nesse jejum foi que o Eterno me mostrasse o que ainda me impedia de ter mais intimidade, o que ainda causava bloqueio na minha vida espiritual.

No primeiro dia de consagração comecei a leitura de um livro que havia sido lançado há pouco tempo. E nesse mesmo dia o Pai me revelou algo que estava me bloqueando: falta de liberar perdão.

"Eu já havia liberado perdão", argumentei. Mas durante a leitura o Pai foi me mostrando que, da mesma forma que preciso pedir perdão por cada pecado, confessar um a um, também precisava liberar perdão por cada situação em que as pessoas tivessem me magoado. Ou seja, precisava fazer uma lista de tudo que o Espírito Santo trouxesse à minha memória.

Quando terminei o período de jejum já estava completamente convencida de que deveria fazer minha lista de perdão. E comecei a fazê-la. E foi aí que percebi quanta coisa ainda estava incomodando, ainda causava dor. E fui escrevendo tudo o que lembrava. A lista foi ficando enorme. Para cada pessoa eu escrevia todas as situações que me magoaram, palavras, atitudes, tudo. Uma a uma.

Depois de quase duas semanas escrevendo tudo o que lembrava, senti que já era hora de entregar tudo aquilo para o Pai Eterno. Depois de orar e jejuar, separei um dia para as orações. Peguei minha lista e comecei a colocar aquelas situações diante do Altíssimo. E fui dizendo: “Pai, quero te pedir perdão por ter ficado magoada com essa pessoa, por causa daquela situação. Reconheço que doeu e ainda dói. Mas quero agora, diante de ti, declarar que libero perdão para essa pessoa e eu a abençoo, em nome do teu Filho, o Cordeiro que morreu e ressuscitou”.

E assim fui orando, para cada pessoa da lista, para cada situação. Havia momentos fáceis, mas alguns foram difíceis de recordar, difíceis de orar.

Enfim, senti-me leve no final e grata ao Pai Eterno por mais essa experiência e oportunidade de ficar mais limpa diante dele. E hoje já sinto resultado em minha vida por causa daquele momento.

No dia seguinte a lista começou a crescer de novo. O Espírito Santo foi trazendo à minha mente outras pessoas e situações. E sou grata novamente, porque sinto que ele quer tirar todo bloqueio do meu coração e eu quero obedecer. Continuo orando para que Ele me mostre tudo o que está escondido e traga à tona, para que eu confesse e meu coração seja cada vez mais livre.

Repare que liberei essas pessoas diante do Pai. Somente se o Espírito Santo mandar é que vou diante de alguém e declarar que perdoei. Principalmente porque não foram as pessoas que me pediram perdão e em muitos casos não houve arrependimento. Libero perdão diante do Eterno e deixo que Ele faça a parte dele para a restauração de relacionamentos. Em Lucas a Bíblia diz que devemos perdoar se a pessoa se arrepender: "Tomem cuidado. 'Se o seu irmão pecar, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-lhe. Se pecar contra você sete vezes no dia, e sete vezes voltar a você e disser: 'Estou arrependido', perdoe-lhe'." Lucas 17.3,4. [grifo meu]