Extraído do livro Libertação é confissão de pecados.
" 'O que você pensa sobre evangélicos que dizem gostar de músicas seculares?'
Márcia, Rio de Janeiro
'Querida Márcia. Esse assunto é bem polêmico. Mas vou falar da minha experiência.
Só posso dizer que meu coração não pede outra música que não seja de louvor ao Eterno (e até para as músicas evangélicas, peço discernimento a ele, pois já tive experiências negativas). Meu coração é como o de Davi, tem sede do Eterno, anseia por ele, como a corça suspira pelas águas. E, também como o salmista, quero que ‘as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam sempre de louvor ao Eterno’.
Meus ouvidos não conseguem mais ouvir música que não venha do céu. Pois há uma grande diferença entre música que tenta chegar ao céu e música que vem do céu. E é esta a que eu quero, e não aquela.
Eu sigo um conselho de que ‘na dúvida, repreenda’, e sigo outro conselho de que devo pedir discernimento para não me contaminar com as coisas que ‘o inimigo oferece com 90% de verdade e 10% de mentira’. Então, prefiro não arriscar. Tenho muito a perder.
Como Daniel, decidi no meu coração não me contaminar com a comida do deus deste século. Não quero, e pronto.
E sabe-se lá o que essas ‘poesias’ querem dizer de fato. Sei lá o que estou ouvindo ou cantando. Como os exemplos de apenas três músicas:
– Talco no bumbum de bebê – dizem que significa cocaína (e não um lindo bebê fofinho com talco Pompom). Nem sei se isso é lenda... mas na época da ditadura as músicas queriam dizer uma coisa e diziam outra.
– ‘Poeira’ – nem é disfarçado, é explicitamente de louvor ao inimigo. Até cita a Bíblia: ‘querubim que caiu do céu’.
– Uma outra, que diz ‘como uma deusa’ – como se tivesse cantando para a namorada. Deusa? Bem sabemos quem se intitula deusa, mãe-terra, gaia, rainha dos céus, as senhoras etc. Eu não tenho senhora, eu tenho Rei. Desconfio de músicas românticas. Será que é mesmo para o(a) namorado(a) que o autor escreveu ou foi para o seu deus?
Por essas e outras letras que desconheço o significado, não ouço músicas que não sejam de louvor ao Senhor.
Só quem resolveu obedecer compreende o que é o Espírito mudar o nosso gosto em um segundo. Em um segundo eu gostava muito de MPB e ainda tenho muitos cds, mas estão esquecidos no armário, e no segundo seguinte eu não gostava mais. Mas primeiro decidi no coração, como fez Daniel. Se não decidirmos no coração, o corpo não responde. O Eterno não muda o livre-arbítrio, Ele respeita a nossa escolha. Mas se escolhemos obedecer, aí ele muda nosso gosto pessoal.
Realmente não me importo mais em ser chamada de fanática, radical e outros adjetivos. Não ligo mesmo. Eu sei em quem tenho crido... Quando sou criticada, canto: ‘Caminhando eu vou para Canaã, se você não vai, não impeça a mim’. Quem quer ouvir outras músicas, que fique à vontade, mas não pode ficar me criticando se eu não quero. Não deixo que me impeçam de continuar sendo caçadora do Eterno.
Falando nele, passei o olho no livro Caçadores de Deus na semana passada e encontrei uma cena que não lembrava. Quando Tommy era adolescente, a tia dele decidiu não beber mais coca-cola, como um sacrifício ao Senhor. E ele, como bom adolescente, ficava provocando-a, bebendo uma coca geladinha e incitando-a a ceder (xô, tentação!).
O mais lindo nessa história é que ele relata que ela recusava, dizia que não queria mesmo, e mantinha um sorriso lindo, como se estivesse muito longe daquilo. E isso o deixava intrigado e ele pensou: ela deve saber alguma coisa que não sei.
Na verdade, muitos não entendem que somos livres para dizer não. E escravos são os que ficam preocupados com a opinião da sociedade corrompida e acabam cedendo à pressão dos amigos.
Minha música preferida é: ‘Eu quero é o Eterno. Não importa o que vão pensar de mim, eu quero é o Eterno’. O resto? ‘Tô nem aí’.
Que o Eterno te abençoe.
Débora De Bonis”
E quero acrescentar algo que não escrevi no livro, mas tem me incomodado muito.
É a questão das músicas evangélicas românticas.
Para fugir das músicas seculares, os cantores evangélicos têm feito músicas românticas.
Mas nem essas eu canto e não ouço.
Eu amo, respeito e sou submissa ao meu marido.
Mas o dono do meu coração é o Eterno.
O amor da minha vida é o Eterno.
Eu posso viver sem qualquer pessoa ou coisa, mas eu não vivo sem o Eterno.
O Eterno é a razão da minha vida.
Eu não sou metade que se completa com outra metade. Sou uma pessoa completa e única no Messias.
Eu não diria essas frases para o meu marido.
Não posso confundir os "amores" e não posso amar mais ao meu marido que ao Eterno.
Por essas e outras que nem lembro, não gosto das músicas românticas "evangélicas".
Para mim são exatamente iguais às do mundo.
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