Libertação é um processo contínuo, quanto mais conhecemos a Verdade, mais somos livres. Muita gente pensa que é um ato único e diz que foi liberto, mas continua com pecados e não há muita mudança na sua vida.
Segundo Coty, a ministração de libertação em si representa apenas 10% do processo de libertação. Para mim o pré e pós-libertação são mais importantes que a própria ministração de libertação, e sem isso a pessoa pode não ter os resultados que esperava.
Mas infelizmente tenho encontrado pessoas que querem ser ministrados individualmente, mas não querem ouvir as palestras nos seminários de libertação, não querem fazer cursos e discipulado ou ler livros sobre o assunto. Querem uma solução microondas, instantânea.
As palestras, cursos, livros etc são o pré-libertação. E para mim representam outros 40% do processo de libertação. Elas trazem a base bíblica para tudo o que é feito ali.
Libertação é entendimento, é renovação de mente, e quem produz isso é o estudo da Palavra de Deus. Por isso não ministramos novos convertidos e procuramos incentivar o discipulado. Se a pessoa não tem uma base bíblica mínima é mais difícil para manter a libertação e resistir às perseguições depois.
Acontece que esta geração está acostumada com fast food, microondas, máquinas de refrigerante e café solúvel, e está assistindo a muitos filmes em que tudo acontece com um simples feitiço. Mas a vida cristã não é assim, é de “glória em glória” e é “como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito”. Requer disciplina, treinamento, estudo, enfim, precisa de tempo e paciência.
É como uma terra que vai ser preparada para a semeadura. Primeiro retira-se o mato, as ervas daninhas, retira-se a plantação velha, e depois tem que preparar a terra, plantar e só então terá a nova colheita de frutos bons. E isso leva tempo. Assim é a vida após a libertação. A plantação velha foi retirada e o terreno, enfim, está pronto para ser tratado e ganhar novas sementes. Por isso o fruto do Espírito pode levar tempo para ser evidenciado na nossa vida.
E o pós-libertação representa os outros 50%. É quando começa o processo de santificação. E esse é o momento mais perigoso e mais difícil de todos, principalmente porque a pessoa não encontra apoio e falta discipulado de verdade nas igrejas para que a pessoa mantenha a libertação.
E ela precisa se fortalecer, porque depois da libertação vem a perseguição, como diz 2Timóteo 3.12: “De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.”
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